quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Retorno à minha aldeia

Retorno à minha aldeia


Quando te visitei,
banhava-te ainda o sol morno de outono,
que tornava mais alegres as tuas casas,
outrora negras e agora coloridas,
onde nasceram e viveram,
tantas, tantas vidas!...
Percorri todas as calçadas
e elas sorriram para mim,
e, por voltar a pisá-las,
todas mostraram sentir
uma alegria sem fim...
Ali, era o forno do Rossio,
mais além, o do Senhor,
donde saía o centeio quente,
que era o sustento da tua boa gente!...
Vi casas lindas, de côr,
na Barreira, dantes pobrezinha,
e que alegria Deus meu,
quando olhei e vi a mesma "Fontaínha"!
A escola, onde o primeiro exame fiz, 
já não existe,
mas sai ainda fresquinha a água que eu bebia,
no vetusto chafariz!...
Transportou-me à minha infância,
o toque das Trindades, que alegre recordei!
E logo ali recolhida e deveras comovida,
a Avé Maria rezei...
Para a minha terra também eu sorri
e abracei-a com ternura
e, nesse abraço,
vai a minha gratidão,
por me ter dado a alegria de tanta recordação!!
É esse Vale de Espinho, 
onde estão os que me amaram,
a minha infância e a minha mocidade,
que recordo com amor e a mais profunda saudade!...
 

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