sexta-feira, 5 de agosto de 2016

À minha aldeia (Vale de Espinho)

À minha aldeia (Vale de Espinho)


Minha velha aldeia, como estás diferente!
As tuas casinhas, outrora de pedra escura,
São hoje quase palácios de cores berrantes,
que alegram os olhos dos teus visitantes
e são o orgulho dos teus emigrantes!
Minha velha aldeia, como estás diferente!
Pelas tuas calçadas, quelhinhas, vielas,
passa pouca gente
e ecoam saudades dos que já partiram
e tantas, tantas vezes palmilharam nelas!...
Minha velha aldeia, como estás diferente!
Conservas ainda o teu lindo Coa, tua boa gente
e o teu campanário,
com o mesmo sino a repicar contente,
em dias de festa
e com som dolente de arrepiar,
quando alguém, para sempre
nos vai deixar!
Minha velha aldeia, como estás diferente!
Mais vistosa, mais enriquecida,
mas deixa-me lembrar-te ainda
como antigamente!

Sem comentários:

Enviar um comentário