O meu primeiro dia de escola
Levava na mão a sacola,
feita de tecido, caseira,
onde ía já o percurso,
da minha vida inteira!
Era o livrinho do aeiou,
a lousa de ardósia,
e a pena de pedra,
com que eu rabiscava
e com saliva apagava...
Não havia magalhães,
nem pontas de feltro para pintar,
mas havia meia dúzia de lápis de cor,
qual jóia preciosa,
que eu estimava e quase amava!
Na minha memória,
ecoa ainda,
aquela música de embalar,
quando, num banco corrido,
a tabuada procurávamos decorar!
Não queria voltar atrás
nem quadros digitais,
mas queria abraçar os companheiros,
que viveram comigo,
esses tempos quase irreais!
esses tempos quase irreais!
D.Alice,
ResponderEliminarfoi com agradável surpresa, e também com muito prazer, que li os seus poemas transcritos no seu blog "desabafos". Sou seu conterrâneo e seu companheiro de profissão em Castelo Branco. Quero felicitá-la muito cordialmente pela qualidade literária dos seus poemas e pelas emoções que me despertaram ao fazerem-me reviver imagens (e pessoas)da nossa infância quase simultânea. Que Deus lhe dê vida e saúde para poder escrever (e publicar) muitos mais poemas como estes. Bem Haja.
Caro José, meu conterrâneo. Foi com imenso prazer que li o seu comentário acerca da minha poesia. São versos simples, onde eu exprimo as minhas emoções, sobretudo quando se trata da minha aldeia natal pela qual sinto as maiores saudades.Aquela gente simples, sobretudo os mais idosos, ainda conservam os verdadeiros valores beirões. Muito obrigada pela sua visita e espero que continue a passar aqui por esta "casa".
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