quinta-feira, 21 de julho de 2016

Para ti, avozinha

Para ti, avozinha


Quando vejo as tuas mãos já deformadas,
por tanto sofrimento e tanta dor, 
eu penso que já acalentaram,
teus filhos pequeninos com amor!
Quando vejo o teu cabelo cor de neve,
como um lençol de linho de noivar,
eu penso que já foi negro, negro,
capaz de alguns olhos encantar!
Quando vejo os teus olhos tão profundos
e pouco brilho já no teu olhar,
eu penso que já foram lindos, lindos,
pretos, azuis ou verdes cor do mar!
Quando vejo nos teus lábios um sorriso,
mesmo com um laivo de tristeza,
eu penso que o teu rosto não é velho
e tem ainda montes de beleza!

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