Resistir ao tempo
Abro a janela,
vejo árvores
de todos os verdes,
aquela cor que dizem
ser da esperança
e sinto a vida mais bela!...
Olho os escombros
duma azenha,
junto do rio
e pressinto neles tristeza,
talvez a saudade
dos tempos
em que, alegremente,
transformava o grão
no mais saboroso pão!
Não há tempestade,
que destrua aquela ruína...
Também as pedras,
destituídas de sensibilidade,
querem viver eternamente,
mesmo cheias de saudade!...
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