terça-feira, 1 de setembro de 2020

A magia da saudade

A magia da saudade


Sabes, querida aldeia,
onde nasci,
há medida que o tempo vai passando
e o cabelo branqueando,
mais recordo todos os cantinhos,
todos os recantos,
e neles vejo só encantos!
É o Cabecinho
e aquela casa coberta de colmo,
onde se criou uma grande família,
que eu admirava,
porque, sendo diferente, me encantava...
Era a Barreira,
com as casinhas todas iguais,
feitas de pedra escura
e por dentro de lajes,
com uma porta e uma janela
e à volta, uma barra branca
feita de cal!
E, nessa janela,
a servir de vaso,
um velho penico,
quase sempre com um craveiro,
ou, então, um manjerico!
Afinal, também tem coisas lindas, a idade,
voltamos a ser crianças
e avivamos a saudade!...

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