A memória não pode morrer
Os dias vão correndo
e vamos recordando, o passado,
que enche a nossa memória
dos recantos da nossa infância,
de cada momento,
tão bem guardado,
que não foi apagado!...
Volto à minha terra
e vejo as mesmas ruelas,
a mesma fonte,
o rio Côa,
com as suas águas cristalinas
e as trutas dançando,
como verdadeiras bailarinas...
Gozo a frescura
dos freixos e amieiros,
em tardes de verão
e delicio-me
com os poejos
e o seu cheiro,
que tempera o meu coração!...
É tão bom o passado reviver,
as alegrias, agruras, amarguras,
que não nos deixam envelhecer,
embora, sem sentir,
uma lágrima de saudade,
de vez em quando,
possa cair!...
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