quinta-feira, 11 de agosto de 2016
Abençoada liberdade
Abençoada liberdade
Era uma vez uma menina,
nascida numa aldeia serrana,
emoldurada por montanhas agrestes
onde ainda havia o lobo mau
que, esfaimado,
descia ao povoado!
Chapinhava nos charcos de lama,
que a chuva transformava
numa piscina deslumbrante
e apanhava flores silvestres,
com um perfume inebriante!
Comia amoras das silvas, azedas
e corria por caminhos sem fim,
apanhando bugalhos,
que lhe serviam de berlinde...
Procurava todo o buraquinho
donde, com a ajuda da palhinha,
saía o negro grilinho...
Maravilhosa liberdade, de felicidade,
que só quem a viveu,
lhe dá valor e recorda com saudade!...
Pensei, pensei
e com espanto meu,
cheguei à conclusão,
que essa menina era eu!...
quarta-feira, 10 de agosto de 2016
terça-feira, 9 de agosto de 2016
Ao lar de Vale de Espinho
Ao lar de Vale de Espinho
Como quem visita um santuário,
entrei no lar da minha terra
e logo me apeteceu orar
e agradecer ao Senhor,
o bem estar e a paz que ele encerra!
Nos painéis maravilhosos que o enfeitam,
li pensamentos com um sentido tão profundo,
que me fizeram acreditar,
que um pedacinho de céu,
podemos encontrar,
neste conturbado mundo!
Revivi rostos, marcados por sulcos
de uma vida muito dura
e todos eu beijei, com enorme saudade,
a transbordar de ternura...
E lá, com os olhos carregados de emoção,
senti orgulho por ter nascido
naquela aldeia tão simples,
que tanto amo e trago no coração!
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